segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Max Keiser: Quer Ver o JP Morgan Quebrar? Compre Prata.

The Guardian

Postado por Marco Aurélio

A campanha para comprar prata, visando a quebrar o banco JP Morgan, pode funcionar, graças ao passivo potencial representado por suas vendas a descoberto.

O JP Morgan tem uma posição vendida estimada em 3,3 bilhões de onças de prata.

Há décadas que o sistema bancário mundial baseia-se em um padrão de moeda fiduciária, o qual criou os bancos considerados "grandes demais para quebrar". Esses bancos abandonaram sua competência original – a concessão de empréstimos. Enveredaram-se pelo sistema político, usando nosso dinheiro para mudar a agenda política a fim de aumentar a remuneração dos executivos dos bancos, colocando os interesses destes sobre os dos depositantes.

Nos últimos onze anos, a comissão GATA (Gold Anti-Trust Action) tem trabalhado para expor a manipulação de preços nos mercados de prata e ouro; graças à denúncia de Andrew Maguire em Londres, um inquérito foi aberto. 

Como parte da investigação, que ainda se desenrola, ficou claro que o JP Morgan está sentado sobre uma posição vendida estimada em 3,3 bilhões de onças em prata (que eles já venderam a descoberto; ou seja, venderam algo que não possuíam). Essa posição resulta de uma tentativa de manter o preço da prata artificialmente baixo, a fim de manter elevada a atratividade relativa do dólar e de outras moedas fiduciárias. O prejuízo potencial para o JP Morgan que resulta dessa posição tem sido um segredo aberto há já alguns anos.

Michael Krieger, um colaborador regular de Zero Hedge (o WikiLeaks das finanças), apareceu recentemente no meu show, Keiser Report. Postulamos que, se 5% da população do mundo comprasse, cada um, uma moeda de uma onça de prata, o JP Morgan seria obrigado a cobrir suas posições vendidas - um passivo potencial estimado em USD 1,5 trilhões - contra uma capitalização de mercado de USD 150 bilhões. Isso quebraria o banco. Poucos dias depois da entrevista com Krieger, sugeri no programa Alex Jones que ele lançasse uma "bomba Google" com a frase-chave: "Crash JP Morgan, Buy Silver" ("Quebre o JP Morgan, Compre Prata").

Dentro de algumas horas, a idéia se disseminou de forma viral. Centenas de vídeos foram feitos para apoiar a campanha.

Agora, as vendas de águias de prata (a moeda de prata oficial dos Estados Unidos) para o mês de novembro atingiram um recorde histórico. A disponibilidade de prata no atacado está secando. O indicador mais importante é o próprio preço (que hoje, 6/12/10, ultrapassou a marca dos USD 30 – M.A.) Com cada pequeno incremento no preço, o JP Morgan se aproxima da falência – ou da necessidade de um novo socorro financeiro pelo Fed (bailout).

Veja como funciona: a riqueza associada a uma moeda fiduciária perde facilmente para a riqueza ligada ao ouro e à prata. E as pessoas estão acordando para o fato de que têm a capacidade, sem a ajuda do governo ou outras formas de interferência, de criar um novo sistema monetário baseado em metais preciosos. Tudo que têm a fazer é simplesmente converter seu papel fiduciário em dinheiro de verdade.

Esta campanha tem plenas chances de funcionar. Enquadra-se na categoria de uma profecia que se auto-realiza. À medida que mais pessoas compram ouro e prata, todas as tentativas de repor o dinheiro de papel que sai do sistema só vão fazer com que o poder de compra do ouro e da prata aumente - assim levando mais pessoas a comprar mais ouro e prata. Qualquer tentativa do Fed de socorrer financeiramente o JP Morgan terá o mesmo efeito. 

Se o Fed inundar o sistema com dólares, para que o JP Morgan cubra suas posições vendidas (como fez depois do colapso do Long-Term Capital Management, ou LTCM, em 1998), a inflação vai aumentar e o preço da prata e do ouro vai subir, provocando mais compras. Nasce um círculo virtuoso.

Quem estiver interessado em contribuir para a queda do JP Morgan, compre prata. No fim das contas, a campanha é sobre a transferência de riqueza de volta para o povo de quem ela foi tirada.
Preço Spot da Prata, 3, 5 e 6 de dezembro de 2010

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