Submetido por Tyler Durden
Postado por Marco Aurélio
A pergunta da dia é se o Wal-Mart conseguirá absorver um aumento de preços de 30% em produtos de algodão. Segundo reportagem da Bloomberg, logo terá que fazê-lo. Gap Inc., JC Penney Co. e outros varejistas dos EUA poderão ter que pagar fornecedores chineses até 30% a mais por roupas adquiridas, à medida que a forte alta dos preços do algodão aumentarem seus custos. ]
Diz a Bloomberg: "Tornou-se um pouco assustador ter que lidar com os fornecedores de algodão", afirma Vicky Wu, gerente de vendas da Suzhou Unitedtex Enterprise Ltd., um fabricante de roupas de capital fechado localizado na província de Jiangsu, que tem entre seus clientes a Gap e JC Penney.
Isso não é um exagero – num relatório da 13D.com publicado na semana passada, Kiril Sokoloff, cuja especialidade é a China, observou que, "Abrimos uma posição em algodão perto de USD 0,99, porque achávamos que os fundamentos ainda eram muito bons. Liquidamos toda essa posição em 26 de outubro a cerca de USD 1,29, porque muitos fabricantes chineses de roupas estavam indo à falência e o governo chinês começou a reprimir os especuladores e está investigando o tamanho das posições em algodão".
Observe o uso friamente calculado da palavra "falência", do sempre gentil Sokoloff – o que vem acontecendo com o preço do algodão está desencadeando uma mudança tectônica no varejo de baixa margem, e muitas empresas tradicionalmente seguras e estáveis em breve serão obrigadas a tentar passar os aumentos - ou quebrar, especialmente quando as legiões de lojistas de baixo custo desparacer de uma hora para a outra
O modelo Bernanke de exportação de inflação está prestes a se revelar um tiro pela culatra, com consequências de tamanho colossal. Com o mar de liquidez criado por Bernanke, o qual está em vias de levar o mundo à hiperinflação, o melhor resultado possível seria apenas um colapso total de margens.
Se você acha que o sempre-irrelevante Dick Bove odeia o Bernanke agora, espere até ouvir as conversas nos jantares das casas de classe média no próximo Natal...
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