Por Marco Aurélio
No dia após a publicação pela revista Forbes da entrevista com Julian Assange, na qual o fundador do WikiLeaks promete publicar uma batelada gigante de documentos internos comprometedores "de um grande banco americano ainda em existência", as ações do Bank of America Corporation (BAC) caíram 3,18% no NYSE.
Embora Assange tenha se recusado a revelar o nome do banco em questão, o programa de Larry Kudlow na CNBC disse acreditar tratar-se do BAC. Também enumerou os outros possíveis alvos: Morgan Stanley, Wells Fargo, Citigroup, JP Morgan Chase e "talvez" o Goldman.
No programa, John Carney, co-âncora de Kudlow, diz que os dedos do mercado estão apontando para BAC, com base numa declaração anterior de Assange de que havia adquirido 5 gigabytes de informações internas vindas de dentro do banco.
Kudlow lembra que, além da queda dos papéis na Bolsa de NY, o custo dos CDS (seguro contra default) do BAC também pularam 25 bips, alcançando o nível mais alto em dezesseis meses. Suas palavras sobre o próximo alvo de Assange: "muitas pessoas concluíram tratar-se do Bank of America".
Tudo isso está acontecendo sem Assange sequer ter mencionado o BAC. Os investidores estão tirando suas próprias conclusões e vendendo o papel - sem ter absolutamente nenhuma certeza de que Assange realmente possui documentos comprometedores, e muito menos que esses documentos se referem ao BAC.
Na falta de certeza, sobra para todo mundo. Carney, co-âncora de Kudlow, afirma que, "Investidores no Bank of America, e também em todos os seus maiores concorrentes, estão preocupados."
Para ver o programa de Kudlow na CNBC, via Karl Denninger, clique aqui.
Para ouvir uma explicação mais sintética da situação, assista ao vídeo abaixo.
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