quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Chris Whalen - O Fed Não Está Conseguindo o Salto Esperado



Postado por Marco Aurélio
 
24 de novembro de 2010

King World News Blog

Com o ressurgimento da crise bancária, King World News entrevistou o analista que Jim Rickards considera o maior especialista em bancos nos Estados Unidos, Chris Whalen.

Quando perguntado sobre o Fed, Chris comentou:
Se você tivesse que escolher um dos fatores econômicos que mais preocupa o Fed, creio que seria a velocidade do dinheiro, o giro de dólares. Acho que, desde o início da crise, quando tivemos uma redução na disponibilidade de crédito, vimos também uma queda no giro do dinheiro. Há muitas maneiras diferentes de descrever esse fenômeno. Podemos olhar tanto para os volumes na própria economia ou para os volumes movimentados pelos bancos.
Chris Whalen continua:
O fluxo de receitas que vem passando pelo sistema bancário tem diminuído ... Então, o Fed tem sido até agora incapaz de obter o salto no mercado de ações que todo mundo estava esperando. E muitas das políticas governamentais dos últimos dois anos foram baseadas na concretização desse salto. Então, se não conseguirmos esse salto na atividade econômica, no consumo, nas receitas fiscais de forma geral, então obviamente o governo vai ter que mudar de política. Acho que estamos chegando muito perto desse ponto.
Quando perguntado sobre os bancos que estão passando por uma reestruturação, como Bank of America, Wells Fargo e JP Morgan, Whalen respondeu:
Há algumas coisas acontecendo em segundo plano que a maioria dos investidores, e a maior parte do público, não entende. Quando a crise começou, mudamos as regras de contabilidade. Isso quer dizer que a maioria das pessoas acham que temos um regime de valor justo (fair value) ou de marcação-a-mercado, quando, na verdade, os bancos são capazes de esconder uma parte substancial de suas perdas.

Então, o que o setor bancário tem tentado fazer é lidar com o fluxo de baixas nos ativos de crédito, com o fluxo de despesas relacionadas com a crise imobiliária, tentando diluí-las ao longo do tempo. Mas isso significa que os bancos têm que encolher lentamente e que não vão emprestar dinheiro de forma agressiva. Então, voltando novamente ao Fed e à sua incapacidade de conseguir reflacionar a economia por meio de taxas de juro baixas, temos um problema semelhante de disponibilidade de crédito. Não há muita demanda, para início de conversa, e há uma escassez de ativos geradores de renda nos quais os bancos possam investir.

Novamente, então, temos essa imagem da deflação de uma economia que viu grande parte do seu crescimento financiado por dívida. Como não temos empréstimos em quantidade, já que não temos crédito disponível, os níveis de atividade real da economia têm que se estabelecer num nível mais normal. Talvez "não-alavancado" seja uma expressão melhor.
A entrevista completa da King World News com Chris Whalen será disponibilizada em breve. Lembrem-se que a instabilidade no sistema bancário, que Chris descreve, é considerada altista para o ouro.

Eric King
KingWorldNews.com

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